Segundo a Organização Mundial da Saúde,
cerca de 800 milhões de pessoas no mundo possuem perda auditiva e, no
Brasil, esta deficiência acomete 5,1% da população, de acordo com o
Censo 2010. Embora o número seja representativo, muitas pessoas não
discutem perda auditiva por medo ou desconhecimento.
Televisão muito alta, repetição de perguntas, dificuldade para falar
ao telefone, isolamento e depressão, estes são alguns sintomas
indicativos de perda auditiva, especialmente em pessoas
idosas. O problema é comum também entre jovens, podendo ser congênito
ou causado por acidentes, doenças e até mesmo pela exposição ao som
alto. Independentemente da causa, sempre há uma solução para minimizar
ou até mesmo reverter o problema, a partir de tratamentos e da
tecnologia disponível.
“Muitos pacientes convivem com a perda auditiva e
não percebem que têm o problema. Outros até sentem uma perda gradativa,
mas evitam encarar o problema e, por medo de sofrerem preconceito, adiam
a visita ao médico e acabam agravando o problema” afirma a
fonoaudióloga Andréa Abrahão. Segundo a especialista, o agravamento da perda auditiva
poderia ser evitado caso as pessoas tivessem mais acesso a informações.
Um simples exame de audiometria, por exemplo, identifica o problema em
segundos e, a partir dele, a pessoa pode ser encaminhada para o
tratamento mais adequado. “Ter a audição reabilitada significa, muitas
vezes, recuperar a autoestima e qualidade de vida. Afora o fato de os
aparelhos atuais serem mais acessíveis, mais confortáveis e serem muito
mais discretos.”
Perda auditiva pode desencadear depressão
Além de proporcionar ao paciente a oportunidade de melhorar sua audição, a reabilitação auditiva
também afeta no aspecto emocional e qualidade de vida. “A incapacidade
auditiva pode levar ao isolamento social e em casos mais graves até
à depressão, pois a pessoa nessa condição costuma passar com frequência
por situações constrangedoras”, explica a fonoaudióloga. Além da
utilização do aparelho auditivo, o apoio da família
também é um aspecto que colabora para que o paciente se sinta mais
confortável e motivado em enfrentar o problema. “Graças ao avanço
tecnológico, é possível, hoje, uma pessoa com mais de 60 anos ter uma
qualidade de vida excelente e com saúde, basta apenas procurar um
especialista logo que os primeiros sinais de perda auditiva surgirem”, ressalta Andréa.
Sintomas e tratamentos
As opções disponíveis no mercado para o tratamento mais conhecidas para a perda auditiva são os aparelhos auditivos e o implante coclear.
Apenas um especialista pode indicar o modelo e tratamento mais
adequados para cada caso. Porém, antes disso, vale ficar atento aos
sintomas:
– Assiste televisão com o volume muito alto e as pessoas reclamam do volume.
– Pede sempre que as pessoas repitam várias vezes o que disseram.
– Possui dificuldade para se comunicar em locais com ruído, como festas, carro ou ônibus.
– Dificuldade em escutar sons de aparelhos como telefone ou relógio.
– Costuma interpretar a fala das pessoas através da leitura labial.
– Muitas vezes não consegue escutar quando uma pessoa está muito longe.
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